quarta-feira, 11 de maio de 2011

O Congregacionalismo Brasileiro e a Cultura Pós-modernista.
  A Igreja Evangélica Congregacional em suas diferentes vertentes, precisa urgentemente fazer uma reflexão profunda sobre os desafios e perspectivas que se apresentam diante de si. Os efeitos do pós-modernismo numa cultura encharcada pelo ‘’jeitinho’’, trouxe conseqüências no campo da ética, das instituições, da ordem social e da educação.
  Vivemos numa era marcada pela desconstrução de tudo que é histórico, normativo e institucional. Já não se fala em crise da ética ou mudança de valores. O que temos de fato não é uma discussão em torno do que é valor moral ou ético. A discussão é no sentido de se construir um tipo de sociedade destituída de valores. Logo, a questão não é se algo é moral ou imoral, pois os valores históricos já não servem para definir comportamentos, condutas e ações. O resultado então é o surgimento de uma geração amoral, para quem tudo é permitido.
  Só há uma lógica vigente e predominante. A lógica do humanismo. O homem pensa ser e reivindica para si ‘’o centro do universo’’. A partir dessa lógica idólatra, narcísea, individualista e egoísta, surge então o império de uma filosofia cujos pilares são o pragmatismo, o relativismo e o hedonismo.
  No pragmatismo usa-se de todos os meios para alcançar os fins desejados. No relativismo anula-se todos os absolutos, todas as normas e dogmas visando à desobrigação e a tão sonhada liberdade para fazer dar satisfação para ninguém, e em especial a própria consciência. No hedonismo encontramos a finalidade última. A priorização do prazer como fim absoluto é de fato a justificativa para que o homem sinta-se no direito de quebra qualquer norma, usando de todos os meios possíveis. Tudo que o homem quer é ser feliz, é ser bem sucedido, é ser reconhecido e usufruir das coisas que o mundo oferece.
  A lavoura final dessa filosofia é diariamente exposta diante dos nossos olhos pelos meios de comunicação. É a corrupção que se revela num escândalo depois do outro, através de uma classe política indesejável; é a criminalidade que penetra todos os recantos desse país; é a violência sexual que não para de crescer contra a mulher e contra as crianças; são os jovens que transformam a diversão do futebol em espaço de guerra suas torcidas organizadas; são os meios de comunicação que se encarregam de comercializar a podridão moral através de programas como Big Brothr  Brasil (BBB). Enfim, é a morte da razão de uma sociedade que aprendeu a consumir sem refletir, agir sem pensar, correr sem saber o que quer e cobiçar sem nunca se contentar.
  A Igreja Congregacional com seus membros lideres e pastores tem uma proposta seria de Evangelho.
  Pregamos contra o pecado, convidamos pessoas ao arrependimento, convocamos todos à santidade visando um viver ético e moral compatível com o modelo de Jesus de Nazaré. Temos um legado histórico representado por um governo democrático de Igreja e por uma doutrina Bíblica de linha reformada.
  Porem, ate quando teremos o compromisso e a determinação para lutarmos contra esse rolo compressor pós-modernista? Será que a nossa geração assimilou o legado da geração anterior? Ou será que o superficial, o medíocre e o pragmatismo nos superou?
  Se quisermos prevalecer diante dessa cultura é preciso, antes de tudo, o resgate da contra cultura do Evangelho. É preciso reafirmar o casamento contra a cultura do adultério e do divórcio; é preciso resgatar a visão Bíblica de unidade e de corpo, contra a cultura do gueto, do individualismo; é preciso reafirmar nossas doutrinas como valores suficientes para fundar, edificar e expandir a Igreja, contra a idéia do pragmatismo de uma fé massificada, porém sem discipulado e sem transformação de vida; é preciso expor todo Conselho de Deus em nossos púlpitos, através de uma pregação fiel ao Senhor e as Escrituras.
  É hora de convocar e de se sentir convocado, de juntar e se juntar, de ajudar e se deixar ajudar, a fim de que redescubramos nossas possibilidades e perspectivas como Igreja do Senhor. Assim fazendo, seremos mais uma vez movidos pela graça e pelo fervor do Espírito a darmos outra vez – como no inicio de tudo – a nossa contribuição para a Evangelização do nosso país.  

No amor de Cristo,

Rev. Aurivan Marinho da Costa
Presidente da Aliança.
 
  







Postado por Pres... João Maria N de Freitas.
Campo Grande RN 11/05/2011.



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