quinta-feira, 23 de junho de 2011


Maria Luíza Marinho Costa



DEUS vai cumprir todas as suas
promessas em tua vida...
ELE tem um plano lindo e perfeito pra vc!!
POR ISSO NÃO TEMAS!!
CONFIE EM JESUS!
Ainda que o homem se esqueça,
Deus jamais se esquecerá!
Enquanto vc dorme,ele trabalha!
No tempo certo ele se levantará e
usará todos os meios para te dar a vitória,
se for preciso ele abre o mar,
entra na fornalha, tira o sono do rei,
manda anjos, tira a fome dos leões,
faz descer fogo do céu,
destrói seus adversários.
Não se intimide com o vento que está assoprando,
DEUS está nele,
o vento não veio para te destruir
e sim para te fazer crescer!
O choro pode durar uma noite
mas a alegria vem pela manhã...

A Salvação, um novo nascimento
Deus ao criar o ser humano o fez perfeito e completo. Coroa de Sua criação. Imagem e semelhança Sua. E, desta forma, Sua obra não estaria completa acaso o ser humano fosse incapaz de tomar decisões por si próprio, de executar as ações decorrentes destas decisões, bem como de entender as conseqüências de seus atos. Neste contexto disse Deus ao homem:
"... De toda a árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás" (Gênesis 2:16-17 ACF)
Mas, a serpente disse:
"... Certamente não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal" (Gênesis 3:4-5 ACF)
E preferiu o ser humano crer na serpente a crer em Deus. Faltou-lhe fé em Deus. Faltou-lhe obediência a Deus. E por este pecado, o maior de todos, a falta de fé no Deus Verdadeiro, foi o ser humano expulso do paraíso e fez-se separação entre Deus e os homens:
"Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça" (Isaías 59:2 ACF)
E o pecado e todo o mal entraram para a natureza humana e isto lhe causou, por condenação divina, a morte. Pois, mesmo tendo Deus, desde o início, advertido o homem do resultado da desobediência: "Se comeres, certamente morrerás...", ainda assim o homem, dando ouvidos à serpente, ignorou o aviso e, portanto, merecendo foi condenado por suas ações.
Mas, apesar do pecado e da maldade e da escuridão do coração humano, Deus em Sua infinita misericórdia nos amou a ponto de, mesmo estando nós mortos em nossos pecados, providenciar o meio para que pudéssemos nos salvar da condenação eterna causada por nossos pecados. E esta salvação exige que nós venhamos a nascer novamente:
"Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus" (João 3:3 ACF)
Mas, que tipo de nascimento é este?
Certamente não é um nascimento físico, pois se nasce apenas uma vez, mas sim, um nascimento espiritual, um milagre de Deus, um segundo nascimento durante a vida:
"... Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus" (João 3:5 ACF)
E de que forma podemos passar por este novo nascimento e ter acesso ao reino dos céus?
Existem alguns passos a serem dados de modo a que cheguemos a este novo nascimento, e Deus em sua infinita sabedoria os fez bastante simples, de modo que qualquer pessoa independentemente de seu grau de instrução possa segui-los e vir a se salvar da condenação eterna:
1º passo: Você deve se reconhecer como um pecador. Para Deus nenhum pecado é admitido, pois qualquer pecado condena por todos os pecados:
"Porque qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos" (Tiago 2:10 ACF)
Não há qualquer pessoa no mundo que não tenha pecados:
"Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer. Não há ninguém que entenda; Não há ninguém que busque a Deus... Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus" (Romanos 3:10-11,23 ACF)
Você se reconhece como sendo um pecador? Você sente que necessita da misericórdia e do amor de Deus? Se sim prossigamos...
2º passo: Deus pede que você se arrependa de seus pecados:
"... se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis" (Lucas 13:5 ACF)
Mas:
"Perto está o SENHOR dos que têm o coração quebrantado, e salva os contritos de espírito" (Salmo 34:18 ACF)
Confesse agora os seus pecados a Deus. Apresente-se a Ele com o coração aberto e quebrantado. Arrependa-se sincera e profundamente de seus maus caminhos e entregue o comando de sua vida ao Senhor.
3º passo: Creia que Deus enviou Seu filho unigênito para cumprir a pena que seria sua!
"Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores" (Romanos 5:8 ACF)
Creia profundamente no amor de Deus. Creia completamente no amor de Jesus Cristo, que veio e pagou com Sua vida na cruz para que você hoje possa ficar livre da condenação eterna e receber graciosamente a vida eterna! E para isto basta crer:
"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3:16 ACF)
Deus amou o mundo, e em especial a você, de uma tal maneira, qual seja, completamente, sem restrições, com um amor infinito, em tal proporção que deu seu filho unigênito para que morresse na cruz, para que todo aquele que nele crê, com um coração arrependido e quebrantado, não pereça, mas tenha a vida eterna! Que promessa maravilhosa! Que amor maravilhoso Deus tem por nós!
4º passo: Receba a Cristo como Senhor de sua vida e faça parte AGORA da família de Deus:
"Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome" (João 1:12 ACF)
Todos os salvos são parte de uma mesma família, uma família que está destinada a estar ao lado de Deus, gozando de prazeres, delícias e maravilhas indescritíveis por toda a eternidade!
E não é necessário fazer nada para receber tão grandioso presente. Basta que você se arrependa dos seus pecados e creia no sacrifício que Jesus fez por você. É isto mesmo, nada do que você tenha feito ou que possa vir a fazer tem qualquer valor para Deus no que concerne à remissão de seus pecados:
"Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie" (Efésios 2:8-9 ACF)
Coloque neste momento sua fé no único que pode te salvar:
"E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos" (Atos 4:12 ACF)
Entregue o seu caminho ao Senhor Jesus, tranqüilize seu coração e viva uma vida de alegria mesmo nos momentos mais difíceis, encontre enfim a paz que você sempre procurou, atenda AGORA ao chamado de Jesus:
"Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve" (Mateus 11:28-30 ACF)
Se você sentiu em seu coração uma imensa alegria, se você permitiu que o Senhor Jesus Cristo fizesse em você o milagre do nascer de novo, então, peço que você ore a Deus neste momento. Ore mais ou menos com estas palavras:
"Senhor meu Deus, peço de todo o coração que o Senhor me conceda o dom gratuito da vida eterna e que o teu Espírito Santo venha habitar em meu coração. Reconheço que sou um pecador e que não mereço tamanho presente, mas coloco, deste momento em diante, a minha confiança em ti e no sacrifício supremo que Jesus Cristo fez por mim na cruz do Calvário.
Recebo neste momento a Jesus Cristo, Teu Filho, como Senhor e Salvador de minha vida, e peço que o Senhor me conceda a força necessária para segui-lO por toda a minha vida. Esta é a oração que Te faço em nome de Jesus Cristo. Amém"
Se você foi realmente sincero ao fazer a oração acima, esta foi a oração mais importante de toda a sua vida!!! Você acabou de passar da morte para a vida, das trevas para a luz!
Mas, e agora? O que fazer? Aonde ir?
Escreva-nos a respeito! Teremos o máximo prazer em te orientar sobre estes primeiros passos na vida cristã!
E seja bem-vindo à família de Deus!

A "Marcha Para Jesus": Uma Avaliação Crítica (2a edição revisada)
Autor: Augustus Nicodemus Lopes


Introdução
A "Marcha para Jesus" é um evento que acontece em muitas cidades do Brasil, patrocinado pela Igreja Apostólica Renascer em Cristo, e consiste basicamente numa grande passeata de evangélicos com shows gospel. O evento ocorre desde 1993 no Brasil e costumava dividir opiniões tanto na mídia secular quanto evangélica. Hoje, já mais arrefecida, a "Marcha" continua chamando a atenção, embora com menos intensidade. O presente artigo visa apresentar uma análise crítica, não do evento propriamente dito, mas das razões e argumentos apresentados para justificar o evento. Estas razões e argumentos, bem como informações institucionais e históricas sobre a Marcha estão disponíveis no site www.marchaparajesus.com.br (em 12/01/2005).
Histórico da Marcha para Jesus
Conforme informações do referido site, a primeira Marcha para Jesus aconteceu em 1987 na cidade de Londres (Inglaterra), e foi fundada pelo pastor Roger Forster, pelo cantor e compositor Graham Kendrick, Gerald Coates e Lynn Green. Portanto, não é uma invenção da Igreja Renascer do Brasil. Ela simplesmente importou a idéia para nossa pátria. No início da década de 90, a Marcha se tornara um evento de proporções continentais, ocorrendo em toda Europa. Em 1992 a Marcha para Jesus já se tornava em um movimento mundial, chegando a outros países da América, África e Ásia. No ano de 1993, chega a vez do Brasil realizar a sua primeira edição do evento, sob a orientação da Renascer. A partir daí, a cada ano, o evento toma mais e mais aspecto de show gospel, apresentação de artistas evangélicos e desfiles, sempre com muita dança ao som de pagode e axé ditos evangélicos. Em alguns locais, não sabemos se de acordo com a coordenação da Marcha ou não, políticos evangélicos têm aproveitado a oportunidade.
A Ideologia por Detrás da Marcha
Existe uma justificativa teológica elaborada para a Marcha, que procura abonar o evento à luz da Bíblia. Os pontos abaixo foram retirados do site Marcha para Jesus (www.marchaparajesus.com.br) e se constituem na "teologia da Marcha". Aliás, a maior parte deles se encontra exatamente debaixo do tópico "teologia" no site da Marcha. Segue um resumo dos principais argumentos, entre outros, seguidos de um breve comentário.
1. A ordem de "marchar" aparentemente foi dada mediante revelação do Espírito Santo. Diz o site:
A visão inicial da Marcha para Jesus, como qualquer outra ação em que os cristãos empreendem para Deus, está baseado [sic!] no conhecimento e na obediência. Nós acreditamos que Deus diz para nós marcharmos, e esta obediência precede uma revelação. O Espírito Santo de Deus nos conduz em toda a verdade (João 16:13) e a teologia do ato de marcharmos para Jesus emerge quando nós nos engajamos em ouvir o que o Espírito Santo está dizendo para uma Igreja atuante e batalhadora nesta terra.
Comentário: O parágrafo acima não é claro, mas dá a entender que a visão inicial foi mediante uma revelação de Deus, seguida da obediência da Renascer, em cumprir a visão. Líderes da Renascer negam que a visão inicial foi dada por revelação. Contudo, o parágrafo acima sugere que a visão da Marcha foi dada pelo Espírito para a Renascer. Quando nos lembramos que a Renascer tem um "apóstolo" (uso o termo entre aspas, não por qualquer desrespeito ao líder da Renascer, mas porque não creio que existam apóstolos hoje à semelhança dos Doze e de Paulo), imagino que "revelações" (uso o termo entre aspas não por desrespeito às práticas da Renascer, mas porque não creio que existam novas revelações da parte de Deus hoje) devam ser freqüentes.
2. Segundo a Renascer, a Marcha é uma declaração teológica: a Igreja está em movimento e está viva! É o meio pelo qual os cristãos querem ser conhecidos publicamente como discípulos de Jesus.
Comentário: Se esta é a forma bíblica dos cristãos mostrarem que estão vivos e que são seguidores de Jesus, é no mínimo estranho que não encontremos o menor traço de marchas para Jesus no Novo Testamento, ou para Deus no Antigo.
3. 3. A Marcha é entendida como uma celebração semelhante às do Antigo Testamento, possuindo uma qualidade extremamente espontânea e alegre. Participam da Marcha jovens de caras pintadas, cartazes, roupas coloridas e canções vivazes. Isto é visto como uma celebração do amor extravagante de Deus para o mundo.
Comentário: Na minha avaliação, o ponto acima dificilmente pode ser tomado como um argumento bíblico ou teológico para justificar o evento. As "marchas" de Israel no Antigo Testamento, não tinham como alvo evangelizar os povos - ao contrário, eram marchas de guerra, para conquistá-los ou exterminá-los, conforme o próprio Deus mandou naquela época. Fica difícil imaginar os israelitas organizando uma marcha através de Canaã, com os levitas tocando seus instrumentos e dando shows, para ganhar os cananeus para a fé no Deus de Israel!
4. 4. Marchar para Jesus é visto também como um ato profético que dá consciência espiritual às pessoas. Josué mobilizou as pessoas de Israel para marchar ao redor das paredes de Jericó. Jeosafá marchou no deserto entoando louvores a Deus. Quando os cristãos marcham, estão agindo profeticamente, diz a Renascer.
Comentário: Entendo que se trata de um uso errado das Escrituras. Por exemplo: se vamos tomar o texto de Josué como uma ordem para que os cristãos marchem, por que então somente marchar? Por que não tocar trombetas? E por que só marchar uma vez, e não sete ao redor da cidade inteira? E por que não mandar uma arca com as tábuas da lei na frente? E por que não ficar silencioso as seis primeiras vezes e só gritar na sétima?
5. 5. Marchar para Jesus traz uma sensação natural de estar reivindicando o lugar no qual os participantes caminham. Acredita-se que assim libera-se no mundo espiritual a oportunidade desejada por Deus: "Todo o lugar que pisar a planta do vosso pé, eu a darei ..." (Josué 1.3).
Comentário: Será esta uma interpretação correta das Escrituras? Podemos tomar esta promessa de Deus a Josué e ao povo de Israel como sendo uma ordem para que os cristãos de todas as épocas marquem o terreno de Deus através de marchas? Que evangelizem, conquistem, e ganhem povos e nações para Jesus através de marchar no território deles? Que estratégia é esta, que nunca foi revelada antes aos apóstolos, Pais da Igreja, missionários, reformadores, evangelistas, de todas as épocas e terras, e da qual não encontramos o menor traço na Bíblia?
6. 6. A Marcha destrói as fortalezas erguidas pelo inimigo em certas áreas das cidades e regiões onde ela acontece, declarando com fé que Jesus Cristo é o Senhor do Brasil.
Comentário: Onde está a fundamentação bíblica para tal? Na verdade, este ponto é baseado em conceitos do movimento de batalha espiritual, especialmente o conceito de espíritos territoriais, e em conceitos da confissão positiva, que afirmam que criamos realidades espirituais pelo poder das nossas declarações e palavras.
7. 7. Os defensores da Marcha dizem que ela projeta a presença dos evangélicos na mídia de todo o Brasil.
Comentário: É verdade, só que a projeção nem sempre tem sido positiva. Além de provocar polêmica entre os próprios evangélicos, a mídia secular tem tido por vezes avaliação irônica e negativa.
8. 7. Os defensores da Marcha dizem que ela projeta a presença dos evangélicos na mídia de todo o Brasil.
Comentário: É verdade, só que a projeção nem sempre tem sido positiva. Além de provocar polêmica entre os próprios evangélicos, a mídia secular tem tido por vezes avaliação irônica e negativa.
9. 8. Os defensores da Marcha dizem que pessoas se convertem no evento.
Comentário: Não nos é dito qual é o critério usado para identificar as verdadeiras conversões. Se for levantar a mão ou vir à frente durante os shows e as pregações da Marcha, é um critério bastante questionável. As estatísticas que temos nos dizem que apenas 10% das pessoas que atendem a um apelo em cruzadas de evangelização em massa, como aquelas de Billy Graham, permanecem nas igrejas. Mas, mesmo considerando as conversões reais, ainda não justificaria, pois não raras vezes Deus utiliza meios para converter pessoas, meios estes que não se tornam legítimos somente porque Deus os usou. Por exemplo, o fato de que maridos descrentes se convertem através da esposa crente não quer dizer que Deus aprova o casamento misto e nem que namorar descrentes para convertê-los seja estratégia evangelística adequada.
10. 9. Os defensores dizem ainda que a Marcha promove a unidade entre os cristãos. Em alguns lugares do mundo, a Marcha é concluída com um "pacto" entre as denominações, confissões e indivíduos, exigindo que cada um deles não faça mais discriminação por razões doutrinárias.
Comentário: Sou favorável à unidade entre os verdadeiros cristãos. Mas não a qualquer preço e não qualquer tipo de união. A unidade promovida pela Marcha, sob as condições mencionadas acima, tem o efeito de relegar a doutrina bíblica a uma condição secundária. O resultado é que se deixa de dar atenção à doutrina. Em nome da unidade, abandona-se a exatidão doutrinária. Deixa-se de denunciar os erros doutrinários grosseiros que estão presentes em muitas denominações, erros sobre o ser de Deus, sobre a pessoa de Jesus Cristo, a pessoa e atuação do Espírito, o caminho da salvação pela fé somente, etc. Unidade entre os cristãos é boa e bíblica somente se for em torno da verdade. Jamais devemos sacrificar a verdade em nome de uma pretensa unidade. A unidade que a Marcha mostra ao mundo não corresponde à realidade. Ela acaba escondendo as divisões internas, os rachas doutrinários, as brigas pelo poder e as divisões que existem entre os evangélicos. Se queremos de fato unidade, vamos encarar nossas diferenças de frente e procurar discuti-las e resolve-las em concílios, reuniões, na mesa de discussão - e não marchando.
11. 10. Os defensores da Marcha dizem que ela é uma forma de proclamação do Evangelho ao mundo.
Comentário: A resposta que damos é que a proclamação feita na Marcha vem misturada com apresentações de artistas gospel profissionais, ambiente de folia e danceteria, a ponto de perder-se no meio destas outras coisas. Além do mais, a mensagem proclamada é aquela da Renascer em Cristo, com a qual naturalmente as igrejas evangélicas históricas não concordariam, pois é influenciada pela teologia da prosperidade e pela batalha espiritual.
É evidente que, analisada de perto, a "teologia da Marcha" não se constitui em teologia propriamente dita. Os argumentos acima não provam que há uma revelação para que se marche, e não justificam a necessidade de os cristãos obedecerem organizando marchas. Não há qualquer justificativa bíblica para que os cristãos façam marchas, nem qualquer sustentação bíblica para a idéia de "dar a Deus a oportunidade" mediante uma marcha, ou ainda de que, marchando e declarando, se conquistam regiões e cidades para Cristo. Se há fundamento bíblico, por que os primeiros cristãos não o fizeram? Por que historicamente a Igreja Cristã nunca fez?
Pelos motivos acima, entendo que os argumentos bíblicos e teológicos apresentados para justificar a Marcha para Jesus não procedem. Nada tenho contra que cristãos organizem uma Marcha para Jesus. Apenas acho que não deveriam procurar justificar bíblica e teologicamente como se fosse um ato de obediência à Palavra de Deus. Neste caso, estão condenando como desobedientes todos os cristãos do passado, que nunca marcharam, e os que, no presente, também não marcham.

Martyn Lloyd-Jones

Graça Abundante.

Em sua obra Grace Abounding (Graça Abundante), John Bunyan nos conta que estivera numa condição e em agonia de alma durante dezoito meses. A questão de tempo não importa, mas todo homem que é despertado e convencido do pecado só pode ficar perturbado por causa disso. Como poderá encarar Deus depois da morte? Ele sabe que não poderá e, portanto, sente-se infeliz e inquieto. Não há paz; ele não sabe o que fazer consigo mesmo; não tem descanso. Ter "paz com Deus" é, obviamente, o oposto disso. Implica primeiro e acima de tudo que a mente do homem está em repouso, e ele tem esse repouso porque agora vê que este método de Deus, suprido em Cristo, é realmente um método que satisfaz todo o desiderato. Agora ele consegue ver como isto satisfaz a justiça, a retidão e a santidade de Deus. Agora ele consegue ver como este método de Deus pode justificar o ímpio, como Paulo já tinha exposto no capítulo 4. Ele pondera isso e diz: "Sim, posso descansar nisso; uma vez que Deus "justifica o ímpio, Ele pode justificar até a mim".


Notem que eu coloco essa apreensão e compreensão da verdade em primeiro lugar. Não há paz entre o homem e Deus enquanto o homem não assimila esta doutrina da justificação. É o único meio de se ter paz. E é algo que vem à mente, é doutrina, é ensino. Noutras palavras, não nos é dito: "Tudo está bem, não se preocupe. Tudo estará bem no fim; o amor de Deus lhe dará plena cobertura". O evangelho não é isso. Aqui está tudo exposto, em detalhe, desta maneira explícita; e vem como verdade à mente. A primeira coisa que acontece é que a mente recebe iluminação, e o homem diz: "Agora vejo. E estonteante em sua imensidade, mas posso ver como Deus realizou isso. Ele enviou Seu Filho e puniu nEle o meu pecado. Sua justiça foi satisfeita, e, portanto, posso ver como Ele pode perdoar-me, apesar de eu ser ímpio, apesar de eu ser pecador". A mente se satisfaz.


Você nunca terá paz verdadeira, enquanto sua mente não for satisfeita. Se você tem apenas alguma experiência emocional ou psicológica, isso poderá mantê-lo tranqüilo e dar-lhe repouso por algum tempo, porém, mais cedo ou mais tarde, surgirá algum problema, alguma situação o confrontará, alguma questão chegará à sua mente, talvez pela leitura de um livro ou numa conversação, e você não será capaz de responder, e assim irá perder a sua paz. Não haverá verdadeira paz com Deus enquanto a mente não tiver assimilado esta doutrina bendita e dela tiver tomado posse, tranqüilizando-se então.


O homem que crê nesta verdade e que capta a sua importância, é alguém que sabe que Deus o ama, a despeito do fato de que é pecador, e a despeito do seu pecado. Anteriormente ele era perturbado pela ira de Deus. A pergunta que fazia era: como Deus pode amar-me e abençoar-me? Mas, quando vê Cristo morrendo na cruz, sepultado e ressurreto, diz: "Eu sei que Ele me ama. Não posso entender isso, mas eu sei que Ele me ama. Ele fez isso por mim". Não é mero sentimento, não é simples emoção; ele dispõe de sólidos fatos da história para provar que Deus o ama. Deus não nos diz meramente que nos ama; Ele deu a prova mais espantosa disso. O apóstolo continua a dizer isso e a comprová-lo neste mesmo capítulo, do versículo 6 ao 11. Nada é mais maravilhoso do que saber que Deus ama você; e nenhum ser humano pode saber verdadeiramente que Deus o ama, exceto em Jesus Cristo, e Este crucificado.

A honra da fé está em nossas mãos – Lloyd-Jones



Se houve alguém que foi confrontado por decepções e incompreensões dos amigos; se alguma vez houve alguém que foi caluniado e perseguido, Seus próprios amigos fugindo dEle porque não compreendiam o Seu ensino, esse foi o Filho de Deus! Estamos seguindo esse Capitão, estamos na mesma espécie de guerra. Como nos lembra um hino:

O caminho por onde o Senhor foi, Não deveria o servo percorrer?

Podemos resumir tudo dizendo que estamos lutando pela honra da fé. Paulo escreve: "Como tenho por justo sentir isto de vós todos, porque vos retenho em meu coração, pois todos vós fostes participantes da minha graça, tanto nas minhas prisões como na minha defesa e confirmação do evangelho". Também o versículo 27: "Somente deveis portar-vos dignamente conforme o evangelho de Cristo" (ou: "Somente seja a vossa conversação como convém ao evangelho de Cristo", VA). Que frase! Vivam de tal maneira, diz o apóstolo, que convenha, que se ajuste, ao evangelho de Cristo, "para que, quer vá e vos veja, quer esteja ausente, ouça acerca de vós que estais num mesmo espírito, combatendo juntamente com o mesmo ânimo pela fé do evangelho" - defendendo juntos a linha, todos se mantendo alerta, ninguém fraquejando, ninguém desertando.

O evangelho de Jesus Cristo, sua honra, sua reputação, sua glória, está, ele todo, em minhas mãos e nas suas. Vocês lêem freqüentemente nos jornais que há no presente uma divisão nos conselhos do Ocidente, e os jornalistas dizem: "Dão risada de nós em Moscou". Claro! Eles ficam muito alegres quando vêem divisão no Ocidente. E quando eu e vocês caímos, há regozijo no inferno. "Haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende" (Lucas 15:7). Sim, e há alegria no inferno quando um filho de Deus cai ou foge ou deixa de resistir. A honra da fé, a glória da fé, está em nossas mãos. "Estai, pois, firmes." Não pense muito em si próprio; lembre-se do que e de quem você representa.

Eis minha derradeira palavra: pensem na coroa de glória que os aguarda. Vocês acham longa a batalha? Vocês se sentem aborrecidos e cansados, e, às vezes, combatendo nas horas quentes e pesadas do dia, sentem-se abandonados? Se é assim, ouçam o que o apóstolo escreve no último capítulo da última carta escrita por ele - a Segunda Epístola a Timóteo: "Eu já estou sendo oferecido por aspersão de sacrifício, e o tempo da minha partida está próximo. Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé".

Ele não tinha ficado dormindo; ele estava firme - "Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia". Mas, você dirá isso é somente para os Paulos da Igreja, não há muitos, na verdade há só um. Ele pode ter a coroa da justiça, porém quem sou eu? Ouçam: "E não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda". Vem o dia em que a mim e a você será dada uma coroa de glória, das mãos do bendito Senhor, e ouviremos as palavras: "Bem está, servo bom e fiel; entra no gozo do teu Senhor". Você se ajoelhará diante dEle, e Ele porá a coroa sobre a sua cabeça, a grinalda e a coroa dadas a cada vencedor do combate, a todos os homens e mulheres que, compreendendo que tinham o privilégio de pelejar em Seu combate, de manter a Sua causa, em Seu glorioso exército, estiverem firmes, e firmes continuaram. "Estai, pois, firmes", sabendo que "o dia do coroamento vem, e não demora".

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Aborto, um pecado

O aborto é definitivamente errado. Abortar é tirar a vida de um ser humano, pois a Bíblia mostra que a vida começa na concepção. Deus nos forma quando estamos ainda no ventre da nossa mãe ("Tu criaste cada parte do meu corpo; tu me formaste na barriga da minha mãe." Sl 139.13). O profeta Jeremias e o apóstolo Paulo foram chamados por Deus antes deles terem nascido ("Antes do seu nascimento, quando você ainda estava na barriga da sua mãe, eu o escolhi e separei para que você fosse um profeta para as nações." Jr 1.5; "Porém Deus, na sua graça, me escolheu antes mesmo de eu nascer e me chamou para servi-lo." Gl 1.15). João Batista pulou no ventre de sua mãe quando a voz de Maria, a mãe do Senhor, foi ouvida ("Quando ouvi você me cumprimentar, a criança ficou alegre e se mexeu dentro da minha barriga." Lc 1.44). Obviamente, as crianças já no ventre têm uma identidade espiritual.

Desde o momento da concepção, há um progresso de desenvolvimento até chegarmos à idade adulta. Deus condenou os israelitas que estavam oferecendo seus filhos ao deus pagão Moloque. Tais crianças eram queimadas nas chamas de sacrifício ("Se um israelita ou um estrangeiro que vive no meio do povo de Israel separar um dos seus filhos para servir o deus Moloque, ele deverá ser morto a pedradas pelo povo." Lv 20.2), oferecidos a um deus de sensualidade e conveniência. O mesmo está ocorrendo hoje e, agindo dessa maneira, nós estamos dizendo que o seres humanos não têm nenhum valor. Essa é uma marca terrível de nossa sociedade.

A Bíblia não é mais especifica na questão do aborto, porque tal prática teria sido algo impensável ao povo de Deus. Por exemplo, quando Israel estava no Egito, um cruel Faraó forçou os israelitas a matarem seus bebês recém-nascidos. Na Bíblia isso é visto como o tipo mais cruel de opressão ("O rei do Egito deu a Sifrá e a Puá, que eram parteiras das mulheres israelitas, a seguinte ordem:—Quando vocês forem ajudar as mulheres israelitas nos seus partos, façam o seguinte: se nascer um menino, matem; mas, se nascer uma menina, deixem que viva. Porém as parteiras temiam a Deus e não fizeram o que o rei do Egito havia mandado. Pelo contrário, deixaram que os meninos vivessem. Então o rei mandou chamar as parteiras e perguntou: —Por que vocês estão fazendo isso? Por que estão deixando que os meninos vivam? Elas responderam: —É que as mulheres israelitas não são como as egípcias. Elas dão à luz com facilidade, e as crianças nascem antes que a parteira chegue. As parteiras temiam a Deus, e por isso ele foi bom para elas e fez com que tivessem as suas próprias famílias. E o povo de Israel aumentou e se tornou muito forte. Então o rei deu a seguinte ordem a todo o seu povo: —Joguem no rio Nilo todos os meninos israelitas que nascerem, mas deixem que todas as meninas vivam." Ex 1.15-22). A idéia de matar seus próprios filhos teria sido uma anátema aos hebreus. Por todo o Antigo Testamento, as mulheres ansiavam por ter filhos. Os filhos eram considerados um dom de Deus. As mulheres oravam para não serem estéreis. Como poderia uma mulher justa se voltar contra seus próprios filhos para destruí-los? O aborto não é somente impensável, como também é a pior das barbaridades pagãs.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Culto à Santa Morte (Heresia Católica)

Os desatinos do catolicismo romano não param de surpreender.


Observem a matéria:


Culto à Santa Morte se espalha pelo México

Figura de um esqueleto feminino está se popularizando como objeto de devoção no país; número de seguidores pode chegar a 8 milhões
O culto à Santa Morte está se espalhando pelo México. No bairro de Tepito, na Cidade do México, um altar é uma amostra de como a figura de um esqueleto feminino está se popularizando como objeto de devoção.

Nos últimos anos, até mesmo católicos aderiram ao culto. Acredita-se que até 8 milhões de pessoas sejam seguidores da Santa Morte, um culto que já chegou a países da América Central e aos Estados Unidos.

Segundo os peregrinos, em troca de orações e oferendas, a Santa Morte oferece proteção e pode ajudar quando há algum problema difícil. Alguns afirmam que a Santa Morte é o culto dos criminosos, mas, para muitos, ela é uma figura religiosa como qualquer outra.

"Todo tipo de pessoa acredita na Santa Morte. Pessoas boas usam para coisas boas, e pessoas más, para coisas más", afirma um peregrino.


Enriqueta Romero, a mulher que criou o templo no bairro, defendeu o culto em entrevista ao correspondente da BBC Mundo no México, Julián Miglierini. "Se a pessoa é um sequestrador e um bandido e também seguidor da Santa Morte, então é algo pessoal, cada um sabe o que faz. Sabemos que é errado, mas é algo pessoal", disse.

Crime

Para alguns, a localização desse santuário é mais um sinal da ligação do culto aos criminosos. A área de Tepito é considerada uma das mais perigosas da Cidade do México e acredita-se que seja um refúgio de criminosos.

O culto pode ter um grande número de seguidores em Tepito e se espalhou pelo México, um país com muitos católicos. A Igreja Católica do país não esconde sua desaprovação. "O culto é completamente rejeitado, é superstição e tem um elemento diabólico. A Santa Morte é inaceitável, é impossível ser católico e ser devoto da Santa Morte", afirma o porta-voz da Igreja no México, Hugo Valdemar.

Para José Gil Olmos, autor de um livro sobre o assunto, o sucesso do culto se deve a própria hierarquia da Igreja Católica. "Esse é um reflexo muito claro da crise na Igreja Católica em seus níveis mais baixos. Suas brechas estão sendo preenchidas por outros cultos e crenças, pois no México existem esses santos populares e cultos", afirmou.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

A Noite, Todos os Gatos São Pardos... por

(Augustus Nicodemus Lopes)

Confesso que no fundo de meu coração tenho medo de me tornar como alguns nomes do evangelicalismo brasileiro que abandonaram a teologia e adotaram uma “eteroteologia” (eteros = outro; theos = deus), ou como aqueles outros que hoje aconselham para a morte, após terem sido referencial de conduta e piedade no mundo evangélico.

Tenho medo, explico, porque vejo que a mesma coisa pode acontecer comigo. Percebo no fundo de meu coração uma tendência constante para afastar-me de Deus. Sinto que a tentação para a heterodoxia e para a liberação total são perigos reais que me cercam diariamente. Vejo com muita clareza que submeter-me às Escrituras e crer em Deus é um milagre na minha vida.

Vi a apostasia acontecer muito de perto ao longo da minha vida. Um famoso professor de Bíblia do Recife, que foi a pessoa que me encaminhou ao seminário, abandonou a fé cristã depois de trair a mulher e abandoná-la com nove filhos. Eu estava no primeiro ano! Três colegas meus de classe, no seminário, entre os mais brilhantes da turma, hoje nem professam mais o cristianismo. Um jovem promissor que chegou ao Evangelho por minha instrumentalidade, e que posteriormente chegou até a estudar no L’Abri, com Francis Schaeffer, renegou o cristianismo histórico. Uma conhecida minha, desde a infância, que é missionária no estrangeiro, acaba de comunicar aos pais que não é mais cristã, depois de começar a viver com um homem casado. Líderes que conheci e admirei e segui durante os primeiros anos de minha vida, não deixaram as denominações evangélicas, mas já não crêem mais naquilo que me ensinaram.

Há advertências constantes nas Escrituras contra a apostasia. Apostatar significa afastar-se da verdade de Deus revelada nas Escrituras, como resultado de uma mudança de pensamento, e levantar-se em rebelião aberta contra ela. O que leva uma pessoa a fazer tudo isso, a abandonar a fé bíblica, seguir a heterodoxia, renegar os valores morais do cristianismo e pregar a liberação total?

Não pretendo entrar aqui na delicada questão acerca da salvação do apóstata. Talvez noutro post eu tente esclarecer os motivos para acreditar que um apóstata, no sentido real da palavra, nunca foi verdadeiramente salvo. Creio na perseverança final dos santos, dos eleitos.

O que eu gostaria é de inquirir acerca dos motivos que levam uma pessoa a abandonar a fé histórica do Cristianismo, após ter pregado e defendido essa fé por muito tempo. É evidente que não poderei inquirir aqui sobre os desígnios misteriosos de Deus. A minha inquirição é apenas psicológica, espiritual e teológica.

O Novo Testamento nos dá vários motivos pelos quais as pessoas se desviam da fé. Na parábola do semeador, lemos acerca dos que creram por um tempo e depois se desviaram, por causa dos cuidados desse mundo e por causa das perseguições que começaram a experimentar por causa do Evangelho. São aqueles que não acolheram sinceramente a verdade para serem salvos. A eles, o próprio Deus envia a operação do erro e da mentira (2Ts 2.9-11). Há também os que, depois de algum tempo, passaram a dar ouvidos a doutrinas de demônios (1Tm 4.1). Outros, se desviaram da fé para professar uma doutrina que acharam que era mais intelectual (1Tm 6.20-21). Com mais freqüência, há os que foram levados pela cobiça, como Judas, Balaão e Demas, que amou o presente mundo. A demora, a relutância, a indolência e a negligência em romper definitivamente com o pecado e o erro são causas prováveis de apostasia, conforme o autor de Hebreus ensina em toda a sua carta. Ele avisa que a dureza de coração e a incredulidade são capazes de afastar alguém do Deus vivo (Hb 3.12-13).

Em resumo, os motivos externos são vários: amor ao dinheiro, orgulho, problemas morais não resolvidos, vaidade intelectual, falta de coragem para assumir a verdade e desejo de novidades. A raiz de tudo isso, ao meu ver, é a falta de um coração regenerado, um motivo que os autores bíblicos estão sempre prontos a admitir.

O apóstata pode permanecer muitos anos na igreja e no ministério cristão sem jamais revelar a apostasia que já aconteceu em seu coração. Outros, assumem a apostasia e rompem abertamente com a fé cristã histórica, e geralmente adotam outras doutrinas que mesmo aparecendo com cara de novas e revestidas de respeitabilidade intelectual, nada mais são que as velhas heresias teológicas e morais que a Igreja já enfrentou ao longo dos anos. Eu não me espantaria se por detrás dos grandes desvios teológicos da história encontrássemos pecados não resolvidos, orgulho, vaidade intelectual, soberba, dureza de coração e – obviamente – corações não regenerados. É claro que nunca saberemos ao certo. A história não registra essas coisas que sempre são abafadas, escondidas e quase nunca declaradas.

Até onde entendo, só há uma coisa que mantém o cristão na verdade: o temor a Deus, a humildade e um coração quebrantado. Os que verdadeiramente se humilham diante de Deus e tremem de sua Palavra, mesmo que errem em pontos secundários, que caiam eventualmente em pecados, jamais se afastarão definitivamente de Deus e da sua palavra. O verdadeiro crente não pode mais abandonar a Deus. Nem que queira. Nem que em momentos terríveis diga a Deus que nunca mais o servirá. Ele acaba voltando. O apóstata vence essa barreira. Ele consegue passar o limite. Ele consegue pular a cerca. Ele não receia o que poderá acontecer. Pois no fundo ele realmente não acredita.

A apostasia é uma realidade muito mais presente nos meios evangélicos brasileiros do que se deseja perceber. O falso conceito de tolerância, o relativismo, a falta de convicções doutrinárias, o liberalismo teológico travestido de ciência, tudo isso favorece um quadro cinza e enevoado onde os contornos do verdadeiro Cristianismo não são percebidos com clareza. À noite, todos os gatos são pardos.


A igreja necessita grandemente de cristãos maduros, e especialmente quando há muitos novos convertidos sendo acrescentados a ela. Novos convertidos fornecem ímpeto à igreja, mas a sua espinha dorsal e a sua substância devem, sob Deus, repousar sobre os membros mais maduros.

Nós queremos os cristãos maduros no exército de Cristo fazendo o papel de veteranos, inspirando os demais com frieza, coragem e firmeza; porque se o exército inteiro for composto de recrutas inexperientes a tendência será que eles hesitem quando o assalto for mais feroz que o habitual.

A velha guarda, os homens que respiraram fumaça e comeram fogo anteriormente, não tremem quando a batalha se enfurece como uma tempestade. Eles podem até morrer, mas jamais se rendem. Quando eles ouvem o grito de "Avante," eles podem não avançar tão agilmente à frente como os soldados mais jovens, mas eles arrastam a artilharia pesada, e o seu avanço uma vez conquistado, é seguro. Eles não vacilam quando os tiros voam intensamente, porque eles se lembram de antigas batalhas em que Jeová cobriu suas cabeças. A igreja precisa, nestes dias de fragilidade e falta de compromisso, de crentes mais decididos, profundos, bem-instruídos e confirmados.

Nós somos assaltados por todo tipo de doutrinas novas. A velha fé é atacada por assim-chamados “reformadores” que adorariam reformá-la completamente. Eu espero ouvir notícias de alguma doutrina nova uma vez por semana. Tão freqüentemente como a lua muda, um ou outro profeta é movido a propor alguma nova teoria, e acreditem, ele lutará mais bravamente por sua novidade do que jamais fez pelo Evangelho. O descobridor se acha um Lutero moderno, e da sua doutrina ele pensa como Davi pensou da espada de Golias: "Não há outra semelhante."

Como Martinho Lutero disse de alguns nos seus dias, estes inventores de novas doutrinas encaram suas descobertas como uma vaca diante de um portão novo, como se não houvesse nada mais no mundo para se encarar. Eles esperam que todos nós fiquemos loucos por seus modismos e marchemos de acordo com o seu apito. Ao que nós damos ouvidos? Não, nem por uma hora.

Eles podem reunir uma tropa de recrutas inexperientes e conduzirem-nos para onde quiserem, mas para crentes confirmados eles soam suas cornetas em vão. Crianças correm atrás de qualquer brinquedo novo; em qualquer pequena apresentação de rua os garotos ficam todos excitados, boquiabertos; mas os seus pais têm trabalho por fazer, e suas mães têm outros assuntos em casa; aquele tambor e aquele apito não vão atraí-los.

Pela solidez da igreja, pela firmeza da fé, por sua defesa contra os recursivos ataques de hereges e infiéis, e pelo avanço permanente dela e a conquista de novas províncias para Cristo, nós não queremos apenas seu sangue jovem, quente, o qual esperamos que Deus sempre nos envie pois é de imensa utilidade e não poderíamos ficar sem. Mas nós também precisamos dos corações frios, firmes, bem-disciplinados e profundamente experimentados de homens que conhecem por experiência a verdade de Deus, e atém-se firmemente ao que aprenderam na escola de Cristo.

Que o Senhor nosso Deus nos envie muitos desses. Eles são extremamente necessários.

C. H. Spurgeon
“O fato é que muitos gostariam de unir igreja e palco, barulho e oração, danças e ordenanças. Se nos encontramos incapazes de frear essa enxurrada, podemos, ao menos, prevenir os homens quanto à sua existência e suplicar que fujam dela. Quando a antiga fé desaparece e o entusiasmo pelo evangelho é extinto, não é surpresa que as pessoas busquem outras coisas que lhes tragam satisfação. Na falta de pão, se alimentam com cinzas; rejeitando o caminho do Senhor, seguem avidamente pelo caminho da tolice".

Todos precisamos de Deus, seja numa floresta sem fim, seja num condomínio fechado. (Ronaldo lidorio).
Um religioso levou uma gaiola para o local onde faria uma pregação.
A platéia ficou curiosa e, então, o pregador colocou a gaiola sobre a mesa e falou:
- Eu estava andando pela rua ontem, e vi um menino levando essa gaiola com três pequenos passarinhos dentro, com frio e com medo. Me aproximei e lhe perguntei o que iria fazer com eles. E o menino me respondeu:
- “Vou levar para casa, tirar as penas e queimá-los. Vou me divertir com eles!”
O religioso continuou:
- Perguntei quanto ele queria por aqueles passarinhos. E o menino me disse:
-"O senhor não vai querer esses passarinhos!... eles não servem para nada, são feios!"
O pregador, então, falou:
- Bom, o menino acabou me vendendo os passarinhos por 10 reais. Depois, eu os soltei em uma árvore!
Voltando à pregação, o religioso começou a explicar:
- ...Um dia, Jesus e Satanás estavam conversando, e Jesus perguntou a Satanás o que ele estava fazendo para as pessoas aqui na Terra. Satanás respondeu:
-"Estou me divertindo com elas: eu as ensino a fazer bombas e a matar; a usar revolver, a odiar umas as outras; a casar e a divorciar; ensino a abusar de criancinhas, ensino os jovens a usar drogas, a beber e fazer tudo o que não se deve! Estou me divertindo muito com elas!"
Jesus perguntou:
-"E depois, o que você vai fazer com elas?"
E Satanás respondeu:
-"Vou matá-las e acabar com elas!"
Mas Jesus perguntou:
-"Quanto você quer por elas?"
E Satanás respondeu:
-"Você não vai querer essas pessoas, elas são traiçoeiras, mentirosas, falsas, egoístas e mesquinhas! Elas não vão te amar de verdade, vão bater e cuspir no Seu rosto, vão te desprezar e nem vão levar em consideração o que você fizer!"
Jesus insistiu:
-"Quanto você quer por elas, Satanás!?"
E Satanás respondeu:
-"Quero toda a sua lágrima e todo o seu sangue!"
E, Jesus respondeu decidido:
-"Aceito!"
O pregador, chamando mais a atenção de seus ouvintes, concluiu:
- ...E Jesus pagou o preço da nossa liberdade, com a sua vida, morrendo na cruz para nos salvar!!!...É a maior prova de amor que ELE nos deu.

LIÇÃO DE VIDA:
Não dê lugar para o mal na sua vida.
É Páscoa, tempo de ressurreição, renovação.
Aproveite o dia de hoje para começar a mudar o que há de errado na sua vida.
E nunca se esqueça: o amor de Jesus por nós é imenso, incondicional!
Esse é o Meu Deus
Sabia que Deus gosta dos loucos? Não? Então veja se não tenho razão:

- Alguma pessoa normal chegaria em frente ao mar e diria:
ABRE-TE!?

- Alguma pessoa normal olharia para cima e gritaria para o sol:
PARE!?

- Alguma pessoa normal diria para um morto há 3 dias:
LEVANTA-TE E ANDA!?

- Alguma pessoa normal bateria com o cajado numa pedra para tirar água?

- Alguma pessoa normal mandaria o mar e o vento ficarem quietos?

-Alguma pessoa normal ficaria quietinha, sentada dentro de uma
jaula com leões famintos?

- Alguma pessoa normal ficaria rodando em volta de uma cidade
durante 7 dias, cantando, até as muralhas da cidade caírem?

Hum...eu acho que não! Parece brincadeira, mas hoje eu estava pensando sobre isso, e resolvi que também vou ser "louco"!

Sabe o que é isso?

Uma coisa chamada FÉ!

Quando a gente tem FÉ, olha e vê o invisível! E nem se importa com o que os outros vão falar ou pensar. Deus é que precisa ver!

C. H. Spurgeon
"A oração em si mesma é uma arte que somente o Espírito Santo pode nos ensinar. Ele é o doardor de todas as orações. Rogue pela oração - ore até que consiga orar, ore para ser ajudado a orar e não abandone a oração porque não consegue orar, pois nos momentos em que você acha que não poder, é que realmente está fazendo as melhores orações. Às vezes quando você não sente nenhum tipo de conforto em tuas súplicas e teu coração está quebrantado e abatido, é que realmente está lutando e prevalecendo com o Altíssimo’’.

A flor da honestidade


Conta-se que por volta do ano 250 a.c, na China antiga, um príncipe da região norte do país, estava às vésperas de ser coroado imperador, mas, de acordo com a lei, ele deveria se casar.
Sabendo disso, ele resolveu fazer uma "disputa" entre as moças da corte ou quem quer que se achasse digna de sua proposta. No dia seguinte, o príncipe anunciou que receberia, numa celebração especial, todas as pretendentes e lançaria um desafio. Uma velha senhora, serva do palácio há muitos anos, ouvindo os comentários sobre os preparativos, sentiu uma leve tristeza, pois sabia que sua jovem filha nutria um sentimento de profundo amor pelo príncipe. Ao chegar em casa e relatar o fato à jovem, espantou-se ao saber que ela pretendia ir à celebração, e indagou incrédula :

- Minha filha, o que você fará lá? Estarão presentes todas as mais belas ricas moças da corte. Tire esta idéia insensata da cabeça, eu sei que você deve estar sofrendo, mas não torne o sofrimento uma loucura. E a filha respondeu :

- Não, querida mãe, não estou sofrendo e muito menos louca, eu sei que jamais poderei ser a escolhida, mas é minha oportunidade de ficar pelo menos alguns momentos perto do príncipe, isto já me torna feliz. À noite, a jovem chegou ao palácio. Lá estavam, de fato, todas as mais belas moças, com as mais belas roupas, com as mais belas jóias e com as mais determinadas intenções. Então, finalmente, o príncipe anunciou o desafio :

- Darei a cada uma de vocês, uma semente. Aquela que, dentro de seis meses, me trouxer a mais bela flor, será escolhida minha esposa e futura imperatriz da China. A proposta do príncipe não fugiu às profundas tradições daquele povo, que valorizava muito a especialidade de "cultivar" algo, sejam costumes, amizades, relacionamentos etc... O tempo passou e a doce jovem, como não tinha muita habilidade nas artes da jardinagem, cuidava com muita paciência e ternura a sua semente, pois sabia que se a beleza da flor surgisse na mesma extensão de seu amor, ela não precisava se
preocupar com o resultado. Passaram-se três meses e nada surgiu. A jovem tudo tentara, usara de todos os métodos que conhecia, mas nada havia nascido. Dia após dia ela percebia cada vez mais longe o seu sonho, mas cada vez mais profundo o seu amor. Por fim, os seis meses haviam passado e nada havia brotado. Consciente do seu esforço e dedicação a moça comunicou a sua mãe que,independente das circunstâncias retornaria ao palácio, na data e hora combinadas, pois não pretendia nada além de mais alguns momentos na companhia do príncipe. Na hora marcada estava lá, com seu vaso vazio, bem como todas as outras pretendentes, cada uma com uma flor mais bela do que a outra, das mais variadas formas e cores. Ela estava admirada, nunca havia presenciado tão bela cena. Finalmente chega o momento esperado e o príncipe observa cada uma das pretendentes com muito cuidado e atenção. Após passar por todas, uma a uma, ele anuncia o resultado e indica a bela jovem como sua futura esposa. As pessoas presentes tiveram as mais inesperadas reações. Ninguém compreendeu porque ele havia escolhido justamente aquela que nada havia cultivado. Então, calmamente o príncipe esclareceu:

- Esta foi a única que cultivou a flor que a tornou digna de se tornar uma imperatriz. A flor da honestidade, pois todas as sementes que entreguei eram estéreis.
A honestidade é como uma flor tecida em fios de luz, que ilumina quem a cultiva e espalha claridade ao redor
- Que esta nos sirva de lição e independente de tudo e todas as situações vergonhosas que nos rodeiam , possamos ser luz para aqueles que nos cercam .
- Aproveitem e leiam : Ef 5.9 ( pois o fruto da luz está ....) e Mt 5.16 (Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para ...)

Maria Luíza Marinho Costa



Quando prosseguimos com fé e obediência,
mantendo nossos olhos concentrados no dia
de hoje e esperando ver Deus trabalhando
em nossa vida ao longo de nossa jornada,
uma coisa incrível acontece, descobrimos que
Deus supre nossas necessidades seja qual
for o desafio, a tarefa, a provação, a crise ou
a interrupção. Aconteça o que acontecer,
Deus nos dará sabedoria (Tiago 1:5), nos
dará força (Filipenses 4:13).
Ele providenciará tudo o que necessitarmos
(Filipenses 4:19).
Quando Deus ordena, Ele nos capacita a obedecer
essa ordem. Descubra essa verdade maravilhosa
caminhando confiantemente com o Senhor ao
longo do seu dia.
Não haverá um dia sequer que você não sinta o
seu zelo, e a sua proteção em cada passo que
você der, por onde andares!!
Deixo-vos a doce Paz do Senhor Jesus Cristo!!

O Dom de Profecia – Wayne Grudem.




Wayne Grudem é um dos maiores teólogos norte-americanos. Tendo estudado em Harvard e Cambridge, Grudem é autoridade a ser ouvida quando o assunto é teologia. Nesse livro o autor fala sobre um dom pouco compreendido e bastante controverso nos dias de hoje – o dom de profecia. De um lado os cessacionistas que o ignoram, de outro os pentecostais que o abusam. Grudem faz uma análise profundamente bíblica da natureza e função do dom de profecia, ele prova biblicamente que a profecia é para hoje.
Uma lição importante que o livro nos traz é sobre a diferença entre a profecia do Antigo e do Novo Testamento. Enquanto no Antigo Testamento os profetas tinham autoridade divina absoluta, no Novo Testamento quem foi responsável por essa função foram os apóstolos, estes sim aptos a transmitir as palavras de Deus e incluir livros no cânon, desobedecer a um apóstolo do Novo Testamento e desobedecer a um profeta do Antigo é o mesmo que desobedecer a Deus. Grudem diz:
"No primeiro momento, poderíamos imaginar que os profetas do NT seriam como os do AT. Mas quando olhamos para o NT não parece ser esse o caso. Há pouca ou nenhuma evidência da presença de um grupo de profetas capazes de proclamar as palavras de Deus (com "autoridade divina absoluta", que não pudesse ser questionada) ou com autoridade para escrever livros a serem incluídos no NT. No entanto, há um grupo bastante proeminentes no NT que realmente falava com autoridade divina absoluta e que escreveu a maioria dos livros do NT. Esses homens, porém, não eram chamados "profetas", mas "apóstolos". Eles se parecem, em muitos aspectos, com os profetas do AT."
Portanto, apesar de ser um dom baseado em revelação do Espírito Santo, o profeta neotestamentário está sujeito a falhas, assim como o mestre ou o pastor, pelo fato de que a revelação do Espírito Santo é transmitida com as palavras do próprio profeta, que pode interpretar a revelação de maneira equivocada. Para justificar esse ponto, Grudem cita o exemplo do profeta Ágabo em Atos 21.10-11.
"Ágabo profetizou que os judeus de Jerusalém 'amarrariam' Paulo e o 'entregariam', - predição que não estava totalmente errada, mas continha elementos equivocados. Os romanos prenderam Paulo (v.33), e os judeus, em vez de entregá-lo voluntariamente, tentaram matá-lo, de movo que ele precisou ser resgatado à força (v.32). A predição não estava totalmente errada, mas um tipo de imprecisão nos detalhes como esse teria levado ao questionamento da validade de qualquer profecia do AT." diz Grudem.

O livro é também uma marretada na cabeça do cessacionismo, Grudem aniquila qualquer possibilidade de os dons espirituais terem cessado. Depois de comentar sobre 1 Corintios 13.8-12, ele termina sua refutação a algumas objeções cessacionistas que tem como base o versículo de 1 Corintios citando D. Martyn Lloyd-Jones:
"Isso quer dizer que eu e você, que temos as Escrituras abertas diante de nós, sabemos mais que o apóstolo Paulo sobre as verdades de Deus [...] Isso significa que todos nós somos superiores [...] até mesmo aos apóstolos, incluindo Paulo! Significa que agora estamos em uma posição na qual [...] conhecemos, da mesma forma como somos conhecidos por Deus [...] Na verdade, existe apenas uma palavra para descrever tal visão: absurdo."
Definitivamente é um livro essencial para os estudantes de teologia, será difícil um autor fazer uma abordagem ao dom de profecia mais profunda do que fez Wayne Grudem nesse excelente livro. O que John Stott fez com "A Cruz de Cristo", Grudem faz com "O Dom de Profecia", duas obras-primas completas e inigualáveis. Recomendo enfaticamente a todo cristão, tanto pentecostal quanto tradicional.
Apologética