quarta-feira, 13 de julho de 2011


Cristo, o Mediador:
‘’Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem’’ (1Tm 2:5).
O ministério salvifico de Jesus Cristo se resume na afirmação de que ele é ‘’o mediador entre Deus e os homens’’ (1Tm 2:5). Mediador é aquele que aproxima partes que estão sem comunicação e que podem estar alienadas, separadas ou em guerra um contra a outra. O mediador deve tratar com ambos os lados, identificando-se com ambos, e defendendo os interesse dos dois, e representando cada uma das partes com base na boa vontade. Foi assim que Moises foi mediador entre Deus e Israel (Gl 3:19), falando a Israel da parte de Deus, quando Deus outorgou a Lei (Êx 32:9-33-17).
Todos os homens de nossa raça rebelde e decaída estão, por natureza, em ‘’inimizade contra Deus’’ (Rm 8:7) estando por isso sujeitos à ira de Deus, à rejeição punitiva, pela qual, como juiz, ele expressa ira ativa contra os nossos pecados (Rm 1:18; 2:5-9; 3:5-6). A reconciliação das partes alienadas é necessária, porém ela só pode ocorrer se a ira de Deus for aplacada e o coração humano, que se opõem a Deus e instiga a vida contra Deus, for mudado. Por misericórdia, Deus enviou seu filho ao mundo para propiciar a necessária reconciliação. O que aconteceu não foi o filho bondoso agindo para aplacar o Pai severo; a iniciativa foi do próprio Pai. Nas palavras de Agostinho, ‘’de um modo maravilhoso e Divino, mesmo quando nos odiava nos amou’’. Em todo o seu ministério mediado, o filho estava fazendo a vontade do Pai (ver ‘’ humilde obediência de Cristo’’, em Jo 5:19).
Objetivamente e de uma vez por todas, Cristo completou a reconciliação de seu povo através da substituição penal. Na cruz, ele tomou nosso lugar, identificou-se conosco, suportou a maldição que pesava sobre nós (Gl 3:13) e, pelo derramamento sacrificial de seu sangue, fez a paz por nós (Ef 2:16-18; Co 1:20) paz aqui significa o fim da hostilidade, da culpa, da exposição à punição retributiva, que, de outro modo, seria inevitável. Em outras palavras, ela é o perdão para o passado inteiro e com aceitação pessoal e eterna para o futuro. Os que receberam a reconciliação pela fé em Cristo estão justificados e tem paz com Deus (Rm 5:1, 10) a presente obra do mediador, que ele continua realizando por meio de mensageiros humanas, é persoadi aqueles por quem ele realizou a reconciliação a que de fato a recebam (Jo 12:32) ( Rm 15:18) (2Co 5:18-21) (Ef 2:17)
Jesus é ‘’o mediador da nova aliança’’ (Hb 9:15; 12:24), o iniciador de novo relacionamento de consciente paz com Deus, indo além daquilo que era conhecido segundo as disposições do A.T para tratar com a culpa do pecado (Hb 9:11 – 10:18).
Uma das grandes contribuições de Calvino para a compreensão Cristã foi sua observação de que os escritores do Novo testamento expuseram o ministério mediador de Jesus em termos de três ‘’ ofícios’’ (papeis definidos): de profeta, sacerdote e rei. Esses três aspectos da obra de Cristo são encontrados juntos na carta aos Hebreus, onde Jesus é tanto o Rei messiânico, exaltado em seu trono (1.3, 13; 4:16; 2:9) como o grande sumo sacerdote (2:17; 4:14 – 5:10; capítulos 7-10), que se ofereceu a si mesmo como sacrifício por nossos pecados. Alem disso, Cristo é o mensageiro (‘’Apostolo’’, 3:1), que pregou a mensagem concernente a si mesmo (2:3). Em (At 3:22), Jesus é chamado de’’ profeta’’ pela mesma razão que Hebreus o chama de ‘’Apostolo’’, ou seja, porque ele instruiu o povo, proclamando a eles a palavra de Deus.
Em quanto o antigo Testamento os papeis mediadores de profetas, sacerdote e rei eram cumpridos por indivíduos separados, todos esses três ofícios, agora, se fundem na pessoa de Jesus Cristo. É sua glória, dada a ele pelo Pai, para ser desse modo, o todo-suficiente Salvador. Nós, que cremos, somos chamados a entender isso e a demonstrar que somos seu povo, obedecendo-lhe como o nosso Rei, confiando nele como o nosso sacerdote e aprendendo dele como o nosso profeta e mestre. Centralizar-se em Jesus cristo desse modo é a marca inequívoca do Cristianismo.


(nota Teológica, Adaptação da Bíblia de estudo de Genebra)
Igreja Evangélica Congregacional
Campo Grande RN.

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